Oyá, Senhora do Entardecer 
Mudras
Mudras

 

História

Segundo a estudiosa Ingrid Ramm-Bonwitt, provavelmente as mudras se originam na dança indiana, que é considerada uma expressão da mais elevada religiosidade e nos revela uma espécie de metafísica do gesto, uma linguagem do corpo na qual pensamentos e sentimentos são expressos simbolicamente.  O movimento de todo o corpo, a postura da cabeça e do tronco, a posição dos braços e a modulação das mãos assumem o lugar da palavra. Alegria, triunfo, solicitação do amor, saudade, resignação, ira, medo, e assim por diante, ganham expressão através de gestos estabelecidos (mudras) precisos. A presença das mudras é tão significativa na tradição indiana que um dançarino é capaz de expressar uma lenda por completo apenas através das posições das mãos e dos movimentos dos olhos. Ao analisar as figuras de seus deuses, podemos desvendar suas principais atribuições através de seus gestos e posturas; para exemplificar, tomaremos as representações do Buda indiano.

No decorrer dos séculos, os buddhas e bodhisattvas representados iconograficamente com seus gestos simbólicos e atributos propiciaram o estado de espírito próprio da meditação e criaram uma profunda atmosfera de crença. A ciência dos mudras é baseada nos elementos. Um desequilíbrio ou coordenação errada entre estes elementos, causa desordens mentais, emocionais e físicas. Assim sendo, o equilíbrio e sincronização entre estes elementos, são os segredos para a boa saúde e evolução do ser.

Os Mudras são representados pelos cinco elementos, um em cada um de nossos dedos. O polegar representa o fogo ou o sol, o dedo do indicador representa o ar ou o vento, o dedo médio representa o céu ou o espaço, o éter ou plano etéreo, o dedo anular representa a terra ou físico - matéria e o dedo mínimo representam à água ou emocional, o corpo dos desejos. Elas emitem a energia de nossos chacras, energias divinas e purificadoras. Com o correto uso deste poder, podemos curar mesmo as doenças mais misteriosas. Com as mãos, podemos também transferir energia para qualquer lugar, mesmo que distantes fisicamente de nós, energias que poderão nos ajudar a buscar o que queremos, a proteger-nos do mal, a curarmos quem está distante, e muito mais. Já na antiguidade, a milhares de anos, os Mudras eram utilizados com os mantras e selavam os padrões de energia. A energia invocada é manifestada através dos chakras, centros de energia do corpo.

 

Uso das mãos para os Mudras

 

 

Em suas mãos, como nos pés, todos os pontos de nossas reflexões são diferentes posições corporais e, portanto, de contribuir para a libertação daqueles que estão inarmónicos:

 

O punho está sob a energia do Chakra Básico

  1. Polegar: representa o elemento fogo e sua energia é tarefa de equilibrar as energias do corpo.  Além disso aí reside a nossa consciência divina. É o único que pode ficar de frente para os seus irmãos da mesma mão. O elemento fogo e o meridiano dos pulmões são associados com o dedo polegar. O fogo do dedo polegar nutriu a energia dos outros dedos e absorve o excesso de energia. Ele assim, restaura e equilibra. Ele faz o trabalho de incinerador do lixo, com o poder do fogo para criar a ordem. O fogo depende do ar pois morre sem o oxigênio. O mesmo acontece com a respiração de nossas células. Nosso metabolismo em nossas células individuais só pode funcionar propriamente com uma quantidade adequada de oxigênio. Com o fogo e o ar podemos curar quase todos os males de nosso corpo. está sob a energia do Chakra Umbilical.
  2. Dedo indicador: representa o elemento ar e sua missão é proporcionar-nos a capacidade de criar e de pensar.  Isto traz dedo divino inspirações.  No que se situa o nosso humor diferente.  O pensamento é o iniciador do desejo e da ação. É o molde de nossos projetos com a terceira visão.  Este dedo está associado ao intestino e ao profundo meridiano do estômago. Também nos dá um instinto fiel, aumenta a capacidade de reflexão e traz muita inspiração. Esta é uma energia que vai ao nosso mais profundo íntimo e de volta para o cosmo. Está sob a energia do Chacra Laríngeo.
  3. Dedo médio: Associado ao elemento do éter, este é o dedo do céu, o dedo mais longo de nossa mão. Quando erguemos nossas mãos aos céus, ele é o pico da montanha do nosso ser. Estude a sua mão, olhe-a com calma. As energias deste longo dedo irradiam ao mais longe infinito. Este dedo está relacionado aos nossos riscos. Sua qualidade está na alegria em tomarmos ações. Seu raio de ação vai desde os nossos atos terrenos, até ao mais longínquo cosmo e além.  Está sob a energia do Chacra Plexo Solar
  4. Dedo anular:  representa o elemento terra e sua missão é proporcionar a força necessária para nos defender e lutar pelo que é nosso, assim como o equilíbrio interno para enfrentar qualquer situação.  Ele nos dá o poder de afirmação e posicionamento na vida. Paciência e harmonia, serenidade, pureza e esperança. Está sob a energia do Chacra Frontal.
  5. Dedo mínimo: representa o elemento da água e sua missão é proporcionar-nos a oportunidade de interagir com outros seres humanos na sociedade.  É a única que nos permite interagir com sucesso.  Ele é responsável por nossas emoções para o trabalho.  Associado ao elemento água. É o dedo da comunicação e do emocional.  Ligado ao meridiano do coração, não só o nutre e fortifica como preenche alegremente os relacionamentos. Está sob a energia do Chacra Cardíaco.

 

 

Quando um dedo representando um dos elementos de nosso corpo entra em contato com o polegar que representa o elemento fogo, aquele elemento relacionado ao dedo é levado à purificação e ao equilíbrio. Assim, o elemento equilibrado, traz a cura a várias doenças ou mesmo, curando o desequilíbrio antes que a doença se manifeste.

 

Polegar com indicador – representa nascimento – resultado conhecimento

Polegar com médio – representa a vida – resultado paciência e sabedoria

Polegar com anular –representa morte e transformação – resultado vitalidade e energia

Polegar com mínimo – representa renascimento – resultado comunicação.

 

A manifestação da energia ocorre com a correta utilização de nossas mãos, corpo, boca, língua e olhos, que direcionam, moldam e selam a energia invocada. As mãos são poderosas ferramentas de defesa, de cura, de comunicação física e espiritual e acima de tudo para manifestar a criação. Utilizamos os Mudras para proteger-nos de forças espirituais hostis, para equilibrar a energia entre nossos chakras e órgãos curando-os de possíveis males, para trocar energia entre seres encarnados ou não, para contato espiritual elevado com os Mestres Ascensos e seus anjos, para exprimir à vontade e como forma de comunicação. Existe uma grande variedade e diversidade de Mudras e posições dos braços e do corpo. Os mais conhecidos são os dos deuses mais representativos como: Brahma (o criador), Vishnu (o sustentador) e Shiva (o destruidor). Com o tempo também foram introduzidos ao yoga. Seu objetivo principal é a união das energias: a cósmica, a espiritual e a atômica.

Estas técnicas expressadas mediante gestos, (a posição das mãos, dos olhos, do corpo e técnicas de respiração), ajudam a conectarmo-nos com o interior de nosso corpo e com a energia universal. Por intermédio dos nervos, os dedos estão conectados ao cérebro, e este aos órgãos. As puras energias dos chakras sanam as moléstias do corpo e do espírito. Os Mudras ajudam a equilibrar desânimos, fadiga cerebral, resolver problemas físicos e espirituais. Ao fazermos um gesto estamos selando algo e estabelecemos um pacto com nós mesmos e com o divino.

A mente tem mais fechos de nervos ligados às mãos, do que a qualquer outra parte do corpo e dependendo da evolução do homem e de sua consciência com relação ao cosmo e a inteligência universal pode salvar ou destruir seu semelhante. Ao unir as mãos entrelaçando nossos dedos, se o polegar que ficar por cima for o direito ou o esquerdo, indica qual é o hemisfério do nosso cérebro que predomina e se for o polegar direito significa que a lógica e a razão predominam em nossa vida. Se o polegar esquerdo for o superior, então somos a intuição e a emoção. Nenhuma das duas é necessariamente ruim. O excesso é que prejudica. 

Devemos praticar cada Mudra pelo menos por três minutos. Ao melhorarmos nossa habilidade para mantermos o mudras e invocar sua energia, devemos prolongar o tempo paulatinamente. Grandes mestres mantêm o mínimo de doze minutos e no máximo 45 minutos para cada mudras. Fazem entre três a quatro vezes o mesmo Mudar diariamente, e principalmente, se desejarem eliminar um problema crônico. Os efeitos variam de pessoa para pessoa e o tempo é somente a nível de orientação, podem ser percebidos rapidamente ou algum tempo depois. Os sintomas de efeito são quase sempre os calores, a eliminação do mal estar, um melhor estado emocional e aumento de clareza e potencial mental.  As combinações dos dedos e a posição deles (esticado, flexionado etc.) permitem, uma grande variedade de opções de conexão com as energias primordiais do universo. Existem vários tipos de mudras, e cada um deles traz, benefícios diferentes, de acordo com as nossas necessidades.

 

Propriedades nos quatro planos de consciência ou expressão

  1. Em termos físicos: alivia dores e doenças cardíacas associadas com o coração.
  2. No plano mental: ela nos ajuda a prestar mais atenção aos planos de vida.  Dá-nos confiança e descanso mental de que tudo sairá corretamente.
  3. Sobre o nível emocional: calma nossos sentimentos em um momento que traz.
  4. Sobre o espiritual nos ajuda a desenvolver o equilíbrio espiritual de que tanto precisamos.

 

O ALONGAMENTO ANTES DA AÇÃO

FLEXÃO DE DEDOS

Este exercício exige um pouco de concentração, ajudará a relaxar as mãos através de uma movimentação dos músculos dos dedos. Comece primeiramente colocando suas mãos para frente. Alongue seus dedos, estenda os até ficarem totalmente retos e separados, inclusive os polegares, conte até dez calmamente e relaxe. Repita este processo por três vezes.

Em seguida flexione as falanges dos dedos, uma a uma flexione todas as articulações começando das unhas, em direção à palma das mãos. Se não conseguir fazer todos ao mesmo tempo, dobre cada um individualmente, sempre ajudando com a outra mão. Flexione para dentro e para fora.

Repita esse exercício de uma a duas vezes em cada mão, de cinco a dez segundos por flexão.

ALONGAMENTO DAS MÃOS

Comece com as mãos na frente do corpo, olhando para a palma das mãos. Alongue primeiramente os polegares colocando sua ponta no outro lado da palma da mão e suavemente feche a mão colocando os outros dedos sobre o polegar. Abra-a em seguida alongando os dedos. Suavemente dobre os dedos para dentro da palma da mão e dobre o polegar sobre eles, sem apertar. Abra novamente a mão e alongue seus dedos novamente. Repita esse exercício de 3 a 4 vezes.

MÃOS DE ORAÇÃO

Coloque ambas as mãos juntas como se estivesse em oração na frente da face, com cotovelos para fora. Faça movimentar uma mão em direção à outra de tal maneira que nenhuma possa forçar a outra com diferença mantendo numa posição central. Segure assim por 10 segundos três vezes seguidas, sentindo a força nos pulsos. Não interrompa sua respiração durante o exercício, respire normalmente.

TOQUE DE PONTAS

Toque a ponta de cada dedo com o polegar, fazendo o contorno o mais redondo possível. Antes de tocar cada dedo abra a mão alongando todos os dedos. Toque agora todos os dedos de sua mão direita com os da esquerda, batendo dedos como se fossem as palmas sem encostar as palmas só os dedos.

 

 AQUECIMENTO DOS DEDOS

Esse exercício é para ajudar a aumentar a circulação nos músculos das mãos e punhos e dedos. Encolha os dedos na palma das mãos em forma de punho e em seguida relaxe. Repita isso por 5 a 6 vezes.  Em seguida mexa seus dedos aleatoriamente para cima e para baixo por uns 30 segundos. Então esfregue as pontas dos dedos de uma das mãos com as pontas dos dedos da outra como se tivesse passando uma loção neles, para cima e para baixo, sem círculos.

 

Dhyana-mudra

O gesto da meditação; mão direita sobre a esqDhyana-mudrauerda, com as pontas dos polegares se tocando. Associado à meditação do buddha Shakyamuni sob a figueira de bodhi. Também é o gesto do dhyani-buddha Amitabha.

 

Bhumi-sparsha-mudra

O gesto de tocar a terra; as pontas dos dedos da mão direita tocam o chão. Associado à firmeza inabalável do buddha Shakyamuni que, logo após atingir a iluminação, invocou a terra como testemunha de sua iluminação. Também é o gesto do dhyani-buddha Akshobhya. Vipashyin, o primeiro buddha, que atingiu a iluminação sob uma árvore patali, é representado fazendo este gesto com as duas mãos.

 

 Abhaya-mudra

O gesto da proteção ou destemor; a mão direita fica erguida e com os dedos levantados. Associado à benevolência do buddha Shakyamuni, que domou um elefante selvagem com este gesto. Também é o gesto do dhyani-buddha Amoghasiddhi.

 

Varada-mudra

O gesto da misericórdia ou realização dos desejos; a mão fica direita voltada para frente com os dedos abaixados. Associado à generosidade e compaixão do buddha Shakyamuni e ao dhyani-buddha Ratnasambhava. Krakuchandra, o quarto buddha, que atingiu a iluminação sob uma árvore sirisa, é representado fazendo este gesto com a mão direita e segundo uma ponta de seu manto com a mão esquerda.

 

 
Vitarka-mudra

O gesto da explicação; as pontas dos dedos polegar e indicador da mão direita ficam se tocando. Em uma variante, a mão direita faz o Abhaya-mudra e a mão faz o Varada-mudra. Associado às explicações do buddha Shakyamuni e ao dhyani-buddha Vairochana. Shikin, o segundo buddha, que atingiu a iluminação sob um lótus branco, aparece fazendo este gesto com a mão direita; com a esquerda no colo, ele toca os dedos polegar e médio. Kanakamuni, o quinto buddha, que atingiu a iluminação sob uma árvore udumbara, é representado fazendo este gesto com a mão direta; sua mão esquerda repousa sobre o colo, fazendo o avakasha-mudra, o gesto do ócio.

 

 Dharma-chakra-mudra

O gesto da roda do Dharma; ambas as mãos fazendo o gesto anterior. Este gesto é associado ao ensinamento de buddha Shakyamuni, ao futuro buddha Maitreya e, às vezes, é utilizado em representações do dhyani-buddha Vairochana.

Este gesto também é usado para representar o terceiro buddha, Vishvabhu, que atingiu a iluminação sob uma árvore sala.

 

 Buddha-shramana-mudra

O gesto da renúncia de Buddha, da eliminação do apego. Semelhante ao abhaya-mudra, mas a mão direita fica sobre o joelho ao invés de erguida. Kashyapa, o sexto buddha, que atingiu a iluminação sobre uma árvore banyan, é representado fazendo este gesto.

 

 Tarjani-mudra

O gesto da eliminação de negatividades.

 

 

Buthadamara-mudra

O gesto da proteção.

 

 

Namaskara-mudra

O gesto da oração. Este mudras é bem conhecido em todas as religiões, porque é semelhante à oração e pedir a Deus para uma concessão, apesar de seus primeiros dias no cristianismo e só deixá-lo a proibia de usar sacerdotes.  Além disso, em muitas culturas Oriente este gesto é utilizado como agradecimento por alguma coisa.

 

 

 

 

 

 

 

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